sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Empréstimo com Agiota: Vale a Pena?

Dificuldades financeiras diversas, dívidas altas e restrições no nome, são alguns dos motivos mais comuns para que boa parte das pessoas com dificuldades no orçamento mensal recorram ao empréstimo com agiota, por conta de ele não trabalhar com registros e legislações financeiras.

Mas será que vale a pena recorrer a esse tipo de figura para fazer um empréstimo? 

Entenda bem como o empréstimo com agiota funciona e quais são os riscos que ele pode trazer.

Como funciona o empréstimo de um agiota?

O empréstimo costuma ser procurado por pessoas que estão com o nome sujo e não conseguem um empréstimo com os bancos ou necessitam de um valor muito alto que não é aprovado pelos mesmos.

O agiota oferece o empréstimo com a garantia que você restituirá o valor emprestado, com um documento registrado que garanta a ele algo de valor – como casa, carro, objetos.

O que poucos sabem é que os juros costumam ser bem altos, podendo ser mudado a qualquer momento pelo agiota, ou seja, não há uma taxa fixa como nos empréstimos dos bancos, além da agiotagem ser um ato ilegal (http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,as-implicacoes-da-agiotagem-no-ambito-civel-e-criminal,41006.html), segundo no artigo 4º da Lei 1.521/51.

empréstimo com agiota

Os riscos de pegar empréstimo com agiota

Além dos juros e do fator ilegal, há outras características que são de grande risco para quem procura esse tipo de empréstimo, como:
  • Falta total de segurançaNão há nenhum órgão que fiscaliza a agiotagem ou que favoreça a pessoa que pegou dinheiro emprestado do agiota, dificultando a resolução de problemas na quitação e direitos, quando há necessidade.
  • Pode ser perigoso para a sua integridade físicaPor não ter fiscalização e ser feito com um documento praticamente “por debaixo dos panos”, o agiota pode fazer o que quiser quando não recebe uma dívida quitada, podendo mudar as regras ou gerar até mesmo ameaças físicas que coloquem em perigo a integridade do indivíduo e sua família.
  • Nem sempre resolverá seu problemaDevido aos juros altos demais e a falta de estabilidade financeira para quitar a dívida, o que acaba acontecendo com muitas pessoas, o dinheiro vindo da agiotagem não resolverá o seu problema, tampouco ajudará a quitá-lo, mas poderá gerar uma dívida maior.

Não seja esse cara

E se eu realmente preciso do empréstimo?

Se você leu esse artigo até agora e chegou à conclusão que não vale a pena arriscar um empréstimo com agiota, mas precisa muito de dinheiro, está com nome sujo e precisa resolver o seu problema financeiro, não fique desesperado.

Pensamos em 3 soluções para quitar a sua dívida ou para você se preparar melhor para realizar os seus planos, sem o uso da agiotagem.​

 1. Corte gastos com coisas supérfluas

Quem precisa sair do vermelho ou realizar um sonho que demande mais tempo como comprar um carro, uma casa, cursar uma faculdade, precisa manter os pés no chão e cortar alguns gastos com coisas supérfluas.

Por exemplo, será mesmo que existe a necessidade de sair todo final de semana, comprar muitos objetos, roupas, sapatos, viajar todo ano ou dá para segurar um pouquinho a vontade e se planejar para organizar a vida financeira? Reflita sobre isso e pense onde você pode cortar gastos.

​2. Faça um planejamento por tempo limitado

Feito o corte de gastos, é o momento de planejar, mas não para a vida toda. Delimite um tempo para você quitar as suas dívidas ou guardar dinheiro, dessa forma ficará mais fácil atingir o seu objetivo.

Para facilitar, você pode acessar uma cartilha gratuita que está circulando na internet, proposta pela Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados e Servidores da Sabesp (Cecres) e certificada pelo Instituto de Finanças, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A cartilha Gestão de Finanças Pessoais, de Fábio Bardalho, auxilia a pessoa a reorganizar a vida financeira em apenas 90 dias, além de ter uma linguagem acessível, portanto quanto você tiver alguma dúvida. Confira aqui (http://www.cecres.com.br/arquivos/files/porta_aberta/GFP_metodologia.pdf).

3. Afinal, Quanto você deve?

Às vezes, o desespero de quitar uma dívida e partir para um empréstimo de risco com agiota, vem de uma atitude precipitada. Já parou para pensar em quanto você deve e tentou negociar com o banco ou empresa da dívida?

Atualmente, os bancos e empresas têm facilitado muito a quitação de dívidas, dividindo o valor total em várias parcelas ou até mesmo diminuindo esse valor para um número bem mais baixo.

Em tempos de crise econômica, mais vale um cliente quitando suas dívidas, mesmo que em pequenas parcelas, que deixá-la pendurada, ou seja: as empresas e bancos não ganham nada com isso e elas têm tentando formas de contornar a crise, então procure entrar em contato com a instituição que deve, é possível que você consiga um bom desconto para quitar dívidas. Fica a dica.​

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